Desde a antiguidade, antes mesmo de surgir a escrita, algumas plantas eram utilizadas com o intuito de curar doenças. Já foram usadas pelos egípcios nas técnicas de embalsamento, pelos índios na culinária, pelos hindus como medicinais, pelos assírios no preparo de tintas, e por vários outros povos. Foi assim que descobriram que as plantas têm propriedades que podem ser úteis à humanidade, podendo servir como alimento, medicamento, corante, combustível, cosmético, entre outros usos.
Antigamente, não haviam métodos científicos que comprovassem o efeito das ervas no organismo, isso era feito através da observação prática do efeito das plantas nos indivíduos, e eram classificadas conforme o resultado obtido. Com o aprimoramento e avanço da tecnologia na ciência, hoje podemos comprovar o efeito terapêutico das plantas. Em 1803, pela primeira vez, um princípio ativo de uma planta foi isolado: a morfina, poderoso analgésico extraído da papoula. Daí em diante, os estudos sobre as plantas se tornaram mais intensos e muitos medicamentos fitoterápicos começaram a serem testados. Porém, diversos fatores fizeram com que os fitoterápicos caíssem em desuso, sendo substituídos pelos medicamentos sintéticos. Ainda assim, muitos pesquisadores acreditam no poder dos compostos e princípios ativos das plantas.
O Jardim Botânico de Jundiaí possui uma coleção de ervas aromáticas e medicinais, que somam quase 50 espécies de plantas. A intenção é lembrar o público que as plantas podem ser muito utilizadas no nosso cotidiano de diversas formas, e além disso, que ainda há muito a ser estudado sobre a importância das ervas na medicina e na cura de doenças. O Jardim não disponibiliza mudas ou plantas para os munícipes, mas incentiva o cultivo de plantas em casa, já que são de fácil aquisição e cultivo. Além disse, realiza atividades de educação ambiental onde esse tema é abordado com os visitantes de diferentes perfis e faixas etárias.
Giovanna Moraes de Lima – Estagiária de Biologia