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Projeto do Jardim Botânico busca conservação de espécies nativas

Mudas produzidas no Jardim são destinadas para praças e jardim, além do acervo do Jardim

Manter a flora jundiaiense conservando as espécies nativas é o foco principal do projeto Coleta de Sementes, desenvolvido pelo Jardim Botânico de Jundiaí “Valmor de Souza”. No acervo de plantas estão ‘guardados’ 1.325 exemplares das mais diversas espécies que compõem os biomas da Mata Atlântica e do Cerrado, existentes na cidade, inclusive algumas em ameaça de extinção.

O projeto teve início em 2012 com coletas mensais de sementes não só na Serra do Japi como em outros pontos do município, com fragmentos florestais preservados. “No território de Jundiaí temos plantas que estão classificadas em diferentes níveis de ameaça de extinção. Por isso é fundamental o trabalho desenvolvido pelo projeto. Mesmo que aconteça o pior no ambiente natural, temos como reproduzir a planta a partir do nosso banco genético e reintroduzi-la posteriormente na natureza”, comenta o engenheiro florestal do Jardim Botânico, Thiago Pinto Pires.

Ao todo já foram germinadas sementes de 100 espécies diferentes presentes na cidade. Dessas, 22 estão em alguma categoria de ameaça de extinção. Segundo Pires, ocorrem na cidade as espécies Tibouchina semidecandra (Quaresmeira-da-serra), Aspidosperma ramiflorum (Guatambu), Anadenanthera colubrina (Angico-branco) e Eugenia speciosa (Laranjinha-do-mato), que são nativas do bioma da Mata Atlântica e, do Cerrado estão presentes na cidade Aspidosperma tomentosum (Peroba-do-cerrado), Anadenanthera peregrina (Angico do Cerrado) e Campomanesia adamantium (Gabiroba). O bioma Mata Atlântica possui em torno de 15 mil espécies e o Cerrado contabiliza 11 mil.

Para coletar as sementes, pesquisadores percorrem em média 10 quilômetros

Segundo o engenheiro florestal, ao menos 15 sementes de cada espécie são coletadas por visita. Para conseguir a quantidade, os coletores percorrem em média 10 quilômetros dentro das matas fragmentos florestais, principalmente no interior da Reserva Biológica da Serra do Japi.

Com as sementes coletadas é feito o plantio na casa de vegetação do Jardim Botânico. Cada planta tem seu tempo de germinação e de crescimento. Parte das mudas fica para a coleção permanente do Jardim e outra parcela é utilizada pela administração para arborização de áreas públicas, parques, jardins, praças e vias.
Outra ação que é desenvolvida a partir do Projeto Coleta de Sementes é uma parceria com a Unicamp. “As plantas coletadas em Jundiaí e depositadas no herbário da Unicamp estão disponíveis para estudos e pesquisas desenvolvidos pelos especialistas da universidade”, detalha.

Assessoria de Imprensa – Prefeitura de Jundiaí
Fotos: Acervo Jardim Botânico

Publicada em 17/07/2017


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