O bioma Cerrado cobre aproximadamente 22% do território nacional, sendo o segundo maior bioma brasileiro. Este bioma abriga mais de 11.000 espécies vegetais, das quais 4.400 são endêmicas, isto é, que só ocorrem no Cerrado.
O ecossistema do Cerrado é um dos que mais sofreu com a ocupação humana, sendo superado apenas pela Mata Atlântica. A pressão crescente para o desmatamento de novas áreas para expansão agropecuária e urbana está levando ao consumo progressivo dos recursos naturais de todo o país.
O município de Jundiaí é composto por uma vegetação característica de Mata Atlântica com manchas de Cerrado distribuídas ao longo do seu território. Observa-se uma atenção muito grande de toda comunidade jundiaiense para a conservação da Serra do Japi e para os fragmentos de Mata Atlântica, no entanto existe um esquecimento das áreas de cerrado, em virtude da falta de conhecimento da população sobre a existência e a importância deste bioma.
Devido a este cenário preocupante, o Jardim Botânico de Jundiaí iniciou um processo de anexação de um remanescente de Cerrado de 16 hectares de área, localizado no Bairro Fazenda Grande em Jundiaí. O objetivo deste processo é criar uma área para conservação por meio de pesquisas e ações de proteção e preservação das espécies nativas.
Esta iniciativa irá criar a primeira área pública de Jundiaí com vegetação conservada de Cerrado para subsidiar programas de educação ambiental.
Como primeira ação para concretização deste projeto será iniciado um trabalho de pesquisa para conhecer a diversidade de espécies arbóreas e arbustivas desta área. O trabalho será iniciado no próximo dia 7 de junho e será executado pelos técnicos do Jardim Botânico de Jundiaí com o suporte do Herbário e do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico de Campinas – IAC.